Um só planeta. A casa de milhares de espécies animais e vegetais. Do urso polar, no Ártico, aos pinguins, na Antártica. Dos elefantes-do-deserto, na África, à macarênia, que brota na América do Sul, às borboletas-azuis da Europa. Todas elas estão interligadas. Os mangues, por exemplo, são berçários da vida marinha, garantem espécies que alimentam os peixes, que alimentam a espécie humana, aves e outros mamíferos. Ameaçar o mangue é, assim, ameaçar nossa própria sobrevivência.
O mesmo se dá com os corais, tão necessários e muito ameaçados. Entre 2016 e 2017 mais de mil Kms da Grande Barreira de Corais da Austrália branqueou e morreu por causa do aumento das temperaturas nos oceanos. No outro lado do Globo Terrestre, na Groenlândia, a extensão da imensa plataforma de gelo diminui a cada verão. No extremo sul, a Antártica permanece congelada há 30 milhões de anos. A camada de gelo do centro tem mais de 4 km de espessura, mas encolhe a olhos vistos.
Recuperar o planeta, então, depende de todos nós, de cada pequena ação, como nos revela a série documental Our Planet, do serviço de streaming Netflix. Metade dos recifes de corais do mundo já morreu. O restante pode desaparecer nas próximas décadas.
Para evitar é preciso transformar 1/3 dos ambientes marinhos em áreas protegidas. É preciso reduzir a poluição das águas e dar destino certo ao lixo plástico. Dessa forma, as áreas de pesca podem se recuperar e ajudar a sustentar a humanidade e demais espécies.
Saindo das praias para a terra, as florestas tropicais parecem iguais, mas cada uma é singular e única. E a maior delas está, em parte, no Brasil. A bacia amazônica tem mais de 3 mil km de extensão e é metade das florestas tropicais remanescente do planeta. Tão bela, tão exuberante, essencial e sob risco de desaparecer. A diversidade das florestas está caindo a um ritmo alarmante. Nos últimos anos a humanidade substituiu 27 milhões de hectares de mata nativa por uma única espécie. As monoculturas levam muitos animais à extinção. Regenerá-la é assegurar nossa própria sobrevivência, já que as florestas regulam os regimes de chuvas, a polinização, produzem ativos para a medicina que ainda nem foram descobertos.
A natureza é resiliente. A maior prova de sua capacidade de regeneração é observável onde aconteceram grandes desastres, como Chernobil, em 1986. Um dos 4 reatores nucleares explodiu. Mais de 100 mil pessoas evacuadas, nunca retornaram a suas casas. A área foi considerada inabitável por 20 mil anos.
Mesmo com radiação a vegetação rebrotou. Animais começaram a voltar. É a prova irrefutável de que se decidirmos dar às florestas tempo e espaço, elas poderão recobrir a terra com fauna e flora ricas e diversas, que nossa geração recentemente destruiu.
Para ajudar a proteger esses ecossistemas um caminho é comprar alimentos de produtores e comerciantes certificados, que tenham compromisso com a sustentabilidade e em manter espécies nativas e matas ciliares, que façam gestão da água. No caso das empresas é primordial adquirir matérias-primas de origem certificada, usar água e energia com responsabilidade, controlar emissão de gases poluentes e o descarte correto de resíduos.
O que compramos, comemos, produzimos, descartamos determinará o futuro do planeta. Já pensou em como você pode fazer sua parte?
Posts Relacionados
26/07/2023
Colocando os ODS nas Rotas das Empresas
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram estabelecidos pelas…