O coronavírus tem agido como um acelerador de mudanças digitais. Com as pessoas fechadas em casa, não resta dúvida que crises são, historicamente, também grandes períodos de oportunidades.

A tecnologia avançou muito oferecendo suporte para outros setores da economia.  O ramo das entregas tirou do papel os sonhados testes com drones. Na saúde, as autoridades agilizaram a regularização da telemedicina e hospitais adotaram robôs para pequenas tarefas dentro das unidades.  É a machine learning, inteligência artificial e realidade aumentada, que permitem que soluções personalizadas sejam desenvolvidas.

Outro setor que ganhou espaço nos últimos meses foi o das plataformas digitais e segurança de dados. Apps de videoconferência, como o Zoom, ou de vídeo-aulas tiveram que se adaptar rapidamente para conquistar a credibilidade e dar conta de um público crescente. O meio on-line tem capacidade para gerir tantas transações porque a malha de servidores espalhados pelo mundo consegue se adequar de forma ágil e dinâmica à volatilidade de acessos. Bancos, restaurantes, emissoras de TV, lojas migraram para dentro da rede em questão de dias. E a tendência que projetos de sustentabilidade façam o mesmo. A tecnologia já permite que, à distância, pesquisadores monitorem a qualidade das águas de mananciais, o movimento de animais nas matas e florestas, o degelo do Ártico sem sair do conforto de seus lares. Congressos, simpósios para debater os dados e propor medidas mitigatórias, até a tradicional Conferência das Nações Unidas aconteceram nas pelas plataformas digitais.

No pós-pandemia elas devem continuar a agilizar encontros, diminuindo as emissões de gases poluentes nos transportes e a transmissão do vírus.