A pandemia da covid-19 expôs nossas fragilidades. Questões relacionadas à saúde e segurança, práticas trabalhistas e risco climático tornaram-se prioridades para investidores, reguladores e consumidores. A falha em assegurar a supervisão das cadeias de abastecimento pode resultar em perdas significativas financeiras e de reputação.

As empresas que mantêm o foco em cadeias de suprimentos sustentáveis saem na frente, com vantagens competitivas, resiliência e liderança.

Cadeias de Suprimentos devem ser monitoradas para se adequarem às boas práticas de ESG. Fique atento às dicas da Escola de Direito de Harvard sobre Governança Corporativa:

FOCO NA TRANSPARÊNCIA:
Identifique fraquezas operacionais entre fornecedores de segundo e terceiro níveis.

GLOBAL REPORTING INITIATIVE (GRI):
As empresas devem implementar processos que rastreiam sua cadeia de abastecimento e determinar quais padrões esperam que os fornecedores atendam. Assim, é possível alinhar as políticas da empresa e dos fornecedores, bem como canais eficientes para relatar questões de compliance ,direitos humanos, condições de trabalho e uso indevido de dados e corrupção.

RISCOS E OPORTUNIDADES DA MUDANÇA CLIMÁTICA:
A redução das pegadas de carbono, incluindo as cadeias de abastecimento, é crucial. Olhando para o futuro, será cada vez mais importante para as empresas colaborarem com seus fornecedores para a adoção de energia renovável, reduzir o desperdício e otimizar recursos.

COLABORAÇÃO:
As mudanças climáticas já ameaçam a infraestrutura e introduzem novas incertezas nas cadeias de abastecimento. Manter uma cadeia de suprimentos robusta e sustentável exigirá que as empresas integrem os fornecedores aos planos de gerenciamento de risco climático de longo prazo.

CONFORMIDADE:
A mudança em direção ao capitalismo das partes interessadas e o foco renovado no propósito corporativo significa que os investidores e consumidores estão intolerantes com a má conduta das empresas. O desafio é alinhar as práticas de conformidade de fornecedores com as da empresa. Esses esforços podem exigir investimento em treinamento e triagem.

RISCO REGULATÓRIO:
Há hoje maior escrutínio regulatório das cadeias de suprimentos. As empresas devem considerar cuidadosamente se sua indústria pode ser afetada e como podem reconfigurar suas cadeias de abastecimento para se adaptarem às novas políticas.

DILIGÊNCIA DE M&A:
Compreender os riscos da cadeia de suprimentos também deve ser uma prioridade durante a diligência de M&A (Mergers & Acquisitions). Trata-se de uma “diligência prévia”, isto é, tomar medidas prudentes perante um investimento em potencial. É um processo de avaliação de informações de uma empresa. Em certos setores onde há vários níveis de cadeias de suprimentos, é importante obter acesso a fornecedores atuais e anteriores, bem como uma compreensão do gerenciamento de riscos e dos processos de relatórios.

CONSIDERE TECNOLOGIAS EMERGENTES:
Pode-se esperar que as tecnologias emergentes desempenhem um papel cada vez mais importante nas cadeias de suprimentos modernas, resilientes e sustentáveis.

ANTECIPE AS ÁREAS DE FOCO EMERGENTES:
Conforme os investidores ampliam seu foco para as áreas de biodiversidade, resíduos e uso de água, as empresas precisam adequar suas práticas e compromissos de sustentabilidade, avaliações de gestão de risco desde a cadeia de abastecimento.

As empresas com visão de futuro avaliam suas redes de abastecimento. É preciso conhecer os parceiros para que todos possamos crescer, sem deixar ninguém para trás.